Algumas situações sociais são, no mínimo, engraçadas:
você já olhou para alguém e teve a impressão de conhecer a pessoa, mas não sabe de onde?
Certeza que já passou por isso também…
Super NORMAL, mas desconfortável, né?
Porque você fica meio sem saber se comenta essa impressão com a pessoa ou se espera ela falar algo. Enfim, desconforto.
Isso aconteceu comigo nesse final de semana num supermercado e o pior é que essa questão do uso das máscaras só dificulta esse processo.
Bom, cognitivamente poder ver uma pessoa na rua e nos perguntar se já a encontramos antes é o que chamamos de memória de reconhecimento.
De acordo com Anderson (2011), essa memória é nossa capacidade de decidirmos corretamente se já encontramos um estímulo anteriormente em contexto específico.
Por exemplo, imagine que tenha esquecido o nome de um pintor que foi responsável pela pintura da sua casa e que agora que você precisa muito entrar em contato com ele.
Uma estratégia que você pode adotar é procurar no WhatsApp (já que você conversou com ele por lá) o nome do pintor (quem sabe você não salvou o nome da pessoa + a palavra pintor justamente pensando nessa possibilidade de você esquecer o nome da pessoa – eu, Sarah, faço isso demais).
Bom, voltemos a sua solução de problemas: imagine lá que você tenha procurado a palavra “pintor” no WhatsApp e não achou nadinha.
Vixi…e agora?
Outra estratégia, é pegar todos os contatos da sua lista telefônica, um por um, e tentar lendo os nomes na esperança de reconhecer daquela lista o nome do pintor. Se conseguir, parabéns para sua Memória de Reconhecimento!
“Mas Sarah, é desse jeito que a gente avalia memória de reconhecimento? Numa lista de nomes do celular?”
Não, né, os testes de reconhecimento vão sempre apresentar uma lista de informações que você já viu misturada com informações novas para que você consiga diferenciar um do outro.
Exemplos desses testes que usamos: TEM-R 2 e RAVLT.
Eles todos temos cursos de Aplicação, Correção e Interpretação no SerNeuroPsi.
Um abraço,
Sarah Cassimiro Marques
Referências Bibliográficas:
BADDELEY. A, EYSENCK, M. ANDERSON, M.(2011). Memória. Ed. Porto Alegre: Artmed.
Para saber mais: