O que você deve saber sobre a doença de Alzheimer

Imagine a seguinte situação: Você está em um auditório assistindo a palestra de uma doutora em linguagem. A palestra está superinteressante, você está gostando muito. Mas no meio do discurso, a palestrante para de falar, você percebe que ela “travou” na fala, aparentando ter esquecido o que iria dizer. Porém, com jogo de cintura, ela consegue contornar a situação.

Imaginou?

Mas… não precisa. Essa introdução faz parte do filme Para sempre Alice, em que mostra o aparecimento precoce e o progresso da doença de Alzheimer na protagonista.

E já que citamos esse filme, vamos trazer alguns pontos a se considerar quando falamos dessa doença, ainda mais sabendo que a população mundial está envelhecendo e a incidência da doença também aumenta.

A doença de Alzheimer é um transtorno neurocognitivo que se manifesta por meio da deterioração progressiva da cognição e do comportamento. A princípio chamada de doença do esquecimento e posteriormente, recebendo o nome de Alzheimer em homenagem ao psiquiatra Alouysius Alzheimer que estudou a fundo essa demência.

  • Existem biomarcadores da doença:

Os biomarcadores são indicadores de que há alterações no organismo, no Alzheimer, um dos deles é o aumento da proteína TAU. Essa proteína ajuda na estabilização do neurônio e em grande quantidade alteram o funcionamento normal do cérebro.

  • A doença de Alzheimer tem um início insidioso. O que isso quer dizer?

O início dela é silencioso, sendo difícil de ser detectada clinicamente. Os sintomas não são tão aparentes no começo da doença, mas já está ocorrendo mudanças no cérebro.

  • A evolução dela é lenta e progressiva:

Os primeiros sinais clínicos podem demorar até vinte anos para aparecer, e os déficits cognitivos e funcionais vão aumentando com o passar do tempo.

  • Prejuízo em memória episódica:

A memória episódica é a memória para eventos, em que eu consigo dizer quando e onde ocorreu. Indivíduos com Alzheimer tem dificuldade em relatar os acontecimentos recentes da vida deles.

Prato feito para nós, neuropsicólogos investigarmos!

  • Além da memória episódica, com o progresso da doença há deterioração de outras funções cognitivas:

É possível perceber prejuízos nas funções executivas, habilidade visuoconstrutivas, linguagem.

Na linguagem, por exemplo, pode haver falhas no léxico-semântico da linguagem. Lembra da personagem do filme “Para Sempre Alice” em que ela não consegue se recordar o que deveria falar? Isso é um exemplo de deterioração do “estoque semântico”.

Eu poderia falar mais sobre essa demência, massss não vou. Sabe por quê?

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