Se um paciente chegasse até você relatando o seguinte ocorrido:
“Fui ao médico e ele solicitou um exame, uma ressonância de pulmão. No dia marcado, fui até a clínica para fazer o exame. Ao me deparar com o aparelho da ressonância, meu coração começou a bater acelerado, comecei a suar, senti uma dor no peito, falta de ar e uma sensação de quase desmaio.”
Você teria alguma hipótese sobre esse caso?
Vou te dar duas opções: pode ter sido um ataque de pânico ou o seu paciente possui o Transtorno de Pânico.
Mas qual a diferença entre eles?
O ataque de pânico é uma resposta fisiológica ao medo. O DSM-5-TR o descreve como um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que atinge o auge em minutos.
Na prática, ou melhor, no nosso corpo funciona assim:
Nós temos o Sistema Nervoso Autônomo, que é parte do Sistema Nervoso Central; ele é responsável pelo equilíbrio do organismo através de respostas involuntárias do nosso corpo, o seu funcionamento independe da nossa vontade.
Além disso, pode ser subdividido em Parassimpático, responsável por situações de repouso e de atividade rotineiras como a digestão, por exemplo, e o Simpático, responsável por situações de estresse.
Esse é o sistema de luta e fuga que é acionado quando estamos em situação de perigo, por exemplo. Esse sistema faz com que o coração bata mais forte a fim de bombear sangue para as partes do corpo que nos fazem reagir, a pupila dilata para que possamos enxergar melhor, começamos a suar para que o nosso corpo não superaqueça.
É o que acontece quando temos um ataque de pânico. O nosso corpo entende determinada situação como ameaçadora e aciona o simpático em resposta a esta situação.
Agora, quando falamos de transtornos, eles precisam ter intensidade, frequência e causar prejuízos na vida da pessoa.
Então, para ser um Transtorno de Pânico, os ataques de pânico devem acontecer com frequência, pois estes seriam apenas um dos sintomas do transtorno.
Bom, não dá para analisar a situação acima isoladamente para saber se foi apenas um Ataque de Pânico ou se é um Transtorno de Pânico, precisaríamos saber se foi um evento isolado ou se já aconteceu outras vezes, além de investigarmos outros sintomas e critérios diagnósticos.
Lembrando que o Transtorno de Pânico é apenas um dos tipos de Transtornos de Ansiedade.
Então, se você é psicólogo e quer aprender como fazer esse diagnóstico, assista a Neuropsicologia dos Transtorno de Ansiedade no Serneuropsi:
E para quem é profissional de outras áreas da saúde e educação, pode assistir esta aula na plataforma CORUJA NEURO:
Andressa Kato,
Equipe Incantato Psicologia
