Eu tenho certeza que você já ouviu falar de seletividade alimentar.
A seletividade alimentar é uma alteração no comportamento alimentar, em que a pessoa resiste a experimentar novos alimentos (come sempre a mesma coisa), fica angustiada quando é encorajada a experimentar alimentos diferentes, seja por causa de uma fobia ou medo de engasgar ou vomitar e apresenta náusea e vômito ao se deparar com a necessidade de comer novos alimentos.
A pessoa pode selecionar o alimento pela cor, textura, cheiro ou aspecto. Por exemplo, tem crianças que rejeitam todos os alimentos da cor vermelha, como o tomate ou todos da forma mais pastosa, como purê de batatas. Por vezes, a própria disposição do alimento interfere: se o ovo for colocado por cima do arroz, a criança não come; se misturar o arroz com feijão a criança recusa.
Mas, me diz aí, o que a seletividade alimentar tem a ver com o Transtorno do Espectro Autista (TEA)?
Por que crianças com TEA geralmente tem seletividade alimentar?
Essas crianças apresentam dificuldades em aceitar coisas novas, o que chamamos de novofobia.
Mas não é só isso.
Pessoas com TEA apresentam grande incidência de alterações de processamento sensorial. Traduzindo: o processamento sensorial é a forma como o sistema nervoso central gerencia as informações recebidas dos órgãos sensoriais. É a passagem da informação sensorial no sistema nervoso central.
Sendo assim, pessoas com TEA têm dificuldades na análise e integração dos estímulos ambientais. O processamento sensorial fica alterado, não processando de forma típica sons, texturas, cheiros, sabores e tato.
Agora, você já deve estar imaginando que forçar a criança a comer algo que ela não quer, não é uma boa ideia né?
Se você não sabe realizar as intervenções, encaminhe para um colega seu. Hoje temos vários profissionais especialistas em tratamento de seletividade alimentar.
Se liga… o mundo está cada vez mais especialista!
Abraço,
Sarah Cassimiro Marques
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